CsF (Canada): Entrevista 02 | SwB: Interview 02

                                     

(This post will be available in English very soon!)
Hoje continuamos com a nossa série de entrevistas com os alunos do CsF ao redor do mundo! O segundo aluno a ser entrevistado é o estudante João Victor. Vamos descobrir o que o João tem a nos dizer sobre sua vida no Canadá!


Today we continue our series of interviews with SwB Students around the world! The second student to be interviewed is João Victor. Let's find out what João has to tell us about his life in Canada!

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Nome: João Victor
College: Camosun College
País: Canadá
Período: 1 ano
Curso no Brasil: Tecnologia em Estradas

1. Quando e como você decidiu se inscrever no CsF?

Em março de 2013. Um amigo meu me falou que existia esse programa de intercâmbio do CsF e não demorou muito para que eu acabasse me apaixonando pela ideia.

2. Quais foram seus principais motivos para escolher esse país/língua? Qual o seu nível de domínio da língua estrangeira do país ANTES da viagem?

Inicialmente eu tinha em mente 3 opções de país: Austrália, Canadá e Japão. Excluí a Austrália porque gostaria de melhorar minha pronúncia no inglês e eu acreditava que o sotaque mais forte do australiano iria me prejudicar. Mas o motivo principal mesmo não foi nem esse: foi o fato de o clima na Austrália ser muito parecido com o do Brasil, e eu achei mais interessante ter experiências diferentes. Infelizmente, apesar de eu amar muito a cultura japonesa e ter estudado japonês, eu acabei excluindo o Japão. Isso ocorreu por eu já ter pesquisado bastante sobre o país e saber que existe muita xenofobia por lá, e também pelas diferenças culturais com o Brasil. Já a Europa eu desconsiderei pela crise econômica que estava assolando o continente. Quanto aos EUA eu não tinha um interesse especial em estudar lá. Assim, por todas as opções e pela receptividade e qualidade de vida do seu povo, o Canadá se tornou a melhor opção em todos os aspectos. E definitivamente eu comprovei isso no meu período de intercâmbio.

Quanto ao meu nível de inglês: eu já era fluente no Brasil e tinha uma certa esperança de que não passaria por muitos perrengues no Canadá mas, claro, quando a gente se vê inserido na cultura é que percebe o quanto ainda tem que aprender da língua e o quanto ainda precisa estudar.  

3. Quais foram os principais desafios que você enfrentou quando você chegou nesse país?

Acredito que o clima no início foi um pouco desafiador, já que nunca tinha vivenciado nada parecido com o frio canadense. Entender certas expressões idiomáticas e treinar o ouvido para a velocidade com que o falante nativo usa o inglês também foram alguns aspectos que eu tive que tomar cuidado.

4. Cite três coisas que você gosta nesse país. Cite também três coisas que você não gosta.

Gosto: Organização dos sistemas públicos, o respeito e a receptividade das pessoas de qualquer (eu disse QUALQUER) cultura e a sensação de segurança e paz que se sente praticamente em qualquer lugar a qualquer hora. Não gosto: a ausência de uma grande variedade de comidas típicas canadenses…acho que só isso! hahaha

5. O que há de mais diferente no estilo de vida do país do intercâmbio em relação ao Brasil?

Acredito que qualquer povo de qualquer país tem um estilo de vida diferente do brasileiro. Mesmo se comparados a outros povos de origem latina, o brasileiro sai do padrão. Nós somos um povo único e abençoado. Acho que o que mais difere do Brasil é o hábito de lidar com as grandes variações climáticas no Canadá. Também existe a questão da alimentação que é muito baseada em fast food.

6. Como são as pessoas do país? Defina em 3 características, se possível.

Os canadenses são pessoas incríveis: honestas, simpáticas e solidárias.

7. Onde e como você ficou acomodado?

Fiquei acomodado em casa de família (homestay). A família era de origem filipina e morava no Canadá há mais de 15 anos.

8. Você teve momentos de depressão ou tristeza profunda? Como lidou com a saudade?

Só de tristeza, mas muito poucos mesmo. No Dia das Mães, no Natal e nos últimos momentos de intercâmbio foram bem difíceis pra mim, por estar longe da minha mãe e, depois, por acabar tendo que lidar com a despedida de pessoas queridas, mas nada que comprometesse a qualidade do intercâmbio.


9. Descreva a sua Universidade/College (pontos positivos e negativos).

O Camosun é um college com uma estrutura física grandiosa. Existe uma grande variedade de professores e de cursos disponíveis para os alunos e eles sabem como ninguém receber um aluno estrangeiro. Quanto aos pontos negativos, com certeza existiam, o college não era perfeito, mas no momento não consigo me lembrar de nenhum.

10. O que você considera mais importante durante seu intercâmbio acadêmico?

A dedicação em aprender e praticar bastante o inglês é fundamental, o foco nos estudos da faculdade também é essencial e, conciliando com tudo isso, existe a necessidade de conhecer a cultura e a própria cidade em que se está morando, né? Então  tudo isso conta bastante para um intercâmbio ter sucesso!

11. Quais benefícios esse intercâmbio te proporcionou? Qual o seu nível de domínio da língua estrangeira HOJE?

Nossa, inúmeros benefícios. Um intercâmbio trás benefícios muito além do curso que se vai estudar. Ele trás benefícios para o participante enquanto ser humano, desenvolve as habilidades sociais, específicas e emocionais. O intercâmbio nos dá mais confiança e segurança para lidar com situações complicadas na vida. Sem contar com o salto no nível do inglês. Hoje me sinto totalmente seguro com a língua e muitas vezes me percebo mais à vontade com expressões em inglês do que em português! E o mais interessante é que quando se estuda uma outra língua, a gente aprende bem mais sobre a nossa própria. E o mesmo acontece com a cultura. O ser humano só conhece a si próprio quando ele olha para o outro e se reconhece nele. E é como dizia Goethe: “Aquele que não conhece uma língua estrangeira, não conhece a sua própria."

12. Que recomendações você daria a outros estudantes interessados em participar do programa nesse país?



Pesquise bastante! E comece a se preparar emocionalmente para o intercâmbio, assim voce terá uma ideia do que o espera, das dificuldades que poderá enfrentar e assim voce vai poder deixar para ser surpreendido pelos momentos inesquecíveis de felicidade que voce com certeza viverá. Fique extremamente atento aos prazos de entrega de documentos no período de aplicação para o intercâmbio, porque esse é o momento mais estressante e difícil de todo o processo. Evite ao máximo deixar para fazer tudo em cima da hora porque imprevistos sempre ocorrerão. Se possível, faça uma reserva financeira para a viagem, pois as chances de voce querer comprar muitas coisas que vão lhe marcar no país de intercâmbio são imensas!


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